8.º Congresso Florestal Nacional chega ao fim com dia dedicado a Espanha

Terminou a 14 de outubro o último dia do 8º Congresso Florestal Nacional, em Viana do Castelo.

Texto: Diogo Pereira

floresta

Durante quatro dias centenas de especialistas, de vários países, marcaram presença no evento, para discutirem sobre a “Floresta em Português: Raízes de Futuro”, um tema abordado pela primeira vez na história do congresso.

Em entrevista, José Luís Lousada, Vice-Presidente da Sociedade de Ciências Florestais, realça o papel que estes Congressos têm tido desde 1986, data da primeira edição.

Questionado sobre o foco destes eventos ao longo dos anos, a resposta foi simples: «divulgar e discutir os problemas da floresta foi sempre a nossa principal preocupação. Através destes congressos, estaremos todos a par dos avanços da ciência nos âmbitos florestais».

Também o congressista português, José Castro, teceu largos elogios à organização do congresso realçando o facto de a temática deste ano «ter aberto fronteiras que vão para além do nosso continente e das regiões autónomas» e que «desta vez, fomos a todo o mundo que fala português como o caso de Timor-Leste e Brasil, onde as florestas são um setor muito importante na economia».

O congressista fala ainda, numa vantajosa presença de várias engenharias e ciências florestais, que puderam oferecer ao congresso diversos aspetos de cariz mais restrito até às políticas florestais, relembrando que o combate aos incêndios continua a ser um dos maiores problemas que enfrentam: «estes congressos demonstram a grande capacidade da ciência e técnica florestal em Portugal para resolver o problema. Se realmente houver vontade de agir pode perfeitamente contar com a classe florestal para poder intervir».

Um dos destaques desta edição foi o facto de a Espanha, ter feito parte do congresso. Quem participou, pôde privar com conferencistas espanhóis, bem como, participar numa visita temática a Espanha. Para Dulce Mota, coordenadora técnica da Associação Florestal do Lima, Um dos objetivos foi «promover a troca e transferência de conhecimento. Aproveitando a proximidade da Galiza pensamos integrá-los em todo o processo para que se torne mais rico e abrangente para todos, o que tem sido uma experiencia extraordinária de contacto e troca de conhecimento nas mais diversas áreas».

Cristina Molina, conferencista espanhola saúda a iniciativa e explica que «as florestas portuguesas e espanholas são muito muito parecidas e possuem problemáticas comuns, como o caso dos incêndios, e a quantidade de leis existentes que considera inúteis» explicando que «faltam leis mais adaptadas as necessidades do território.

«Não há processos de participação dos agentes territoriais que realmente conhecem as necessidades e por isso, vemos imensas leis que na prática não servem para nada. É por isso que cá estamos, para prevenir isso».

Terminou assim mais uma edição do Congresso Nacional Florestal, ao fim de quatro dias com conferências e visitas em território nacional e espanhol.

Para o ano a 9ª edição terá como possível destino o Funchal, na ilha da Madeira. 

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