10 passos para o sucesso dos herbicidas no arroz

A LUSOSEM E O ARROZ

Desde o seu início, a Lusosem está fortemente ligada à cultura do Arroz apresentando uma Estratégia de Desenvolvimento Integrada ao nível das Sementes e dos Agroquímicos, investigando e propondo soluções eficazes, adaptadas e em absoluto respeito pelo meio ambiente. O orizicultor português está perante um enorme desafio: aumentar a produtividade sem comprometer a viabilidade económica da cultura. O controlo das infestantes é um tema cada vez mais complexo, mas onde muito ainda se pode melhorar para que possamos produzir bem com custos controlados. O sucesso no controlo das infestantes do arroz não depende apenas do herbicida. A escolha correta deste é fundamental, mas vários outros fatores concorrem para tal.

A Lusosem, consciente destes desafios, salienta neste documento alguns aspetos da gestão da parcela dedicada ao cultivo de arroz, desde a preparação do solo, passando pela correta identificação das infestantes, gestão das águas, até ao momento ótimo para a aplicação dos herbicidas. Conhecimentos antigos são recordados e novas técnicas são propostas.

1-NIVELAMENTO DOS CANTEIROS

Cada vez mais agricultores não dispensam esta operação. As vantagens do nivelamento dos canteiros e as pequenas correções anuais são importantes porque:
Possibilitam uma entrada e saída de água nos canteiros mais uniforme;

Uma lâmina de água de igual altura em todo o canteiro permite uma germinação e um desenvolvimento mais homogéneo do arroz.

Evita ter ao mesmo tempo as infestantes em diferentes estados de crescimento. “Cabeceiras mais altas = mais infestantes e mais adiantadas!”

2-REDE DE REGA

Dimensionamento, canteiros independentes vs. canteiros ligados.

O dimensionamento da rede de rega permite fazer uma correta e atempada entrada de água no canteiro (14,4 a 18m3 / hora / ha).

Um caudal de entrada fraco promove o aparecimento precoce das infestantes e pode retirar eficácia ao herbicida de pós-emergência quando se quer encher o canteiro após uma aplicação. Por outro lado, um caudal muito forte pode provocar arrastamentos, sendo mais grave quando é aplicado um herbicida de pré-emergência ao solo.

Canteiros sem entradas e saídas de água individualizadas dificultam de forma decisiva a gestão da lâmina de água e o controlo das infestantes.

3-PREPARAÇÃO DO SOLO

Enterramento de restolhos, eliminação de infestantes, nivelamento grosseiro, eliminação de grandes torrões.

A “rebaixa” ou “patinar” dos canteiros durante o período de inverno é uma operação que facilita a degradação dos restolhos e elimina infestantes presentes. Uma correta preparação de solo é o ponto de partida para boas colheitas. Uma cama de sementeira homogénea é necessária. Solo demasiado “pulverizado” ou com torrões muito grandes não permitem um bom arranque da cultura. Enterrar corretamente o restolho e eliminar sulcos do trânsito da ceifeira são operações obrigatórias.

4-REDE DE DRENAGEM

Valas de drenagem (construídas anualmente ou permanentes) dentro dos canteiros facilitam uma rápida e homogénea circulação da água e evitam arrastamentos.

5-CONHECIMENTO DA FLORA INFESTANTE

O histórico da parcela permite antecipar o aparecimento de algumas espécies e decidir a utilização ou não de herbicidas de pré-emergência.

A maior presença de mono ou dicotiledóneas pode obrigar a uma intervenção em pós-emergência em momentos diferentes. Habitualmente, as monocotiledóneas como as milhãs ou a leptocloa são as primeiras a germinar.

A identificação precoce das espécies presentes na parcela é fundamental.

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Panorama Atual das infestantes do arroz

Verifica-se um aumento da pressão de milhãs difíceis (Echinochloa oryzoides, Echinochloa oryzicola…); Aumento da pressão de ciperáceas* e alismatáceas**; Maior disseminação de infestantes pouco habituais como a leptocloa e a erva-serra (Leersia oryzoides); Emergências escalonadas de algumas infestantes.

(*Ciperáceas: Cyperus difformis (negrinha), Schoenoplectus mucronatus (espeto), Scirpus maritimus (triângulo ou trincão), Cyperus esculentus (juncinha); **Alismatáceas: Alisma plantago-aquatica
(orelha-de-mula), Alisma lanceolatum (orelha-de-mula lanceolada, colhereira, couveira).)

6-HERBICIDAS - PROGRAMAÇÃO

O controle das infestantes no Arroz é um tema cada vez mais complexo. Para o sucesso no controle das infestantes é crucial a programação da aplicação dos herbicidas para a qual é necessário tomar em conta diversos fatores.

Objetivos:
Manter a cultura limpa durante todo o ciclo; reduzir ao máximo o impacto dos herbicidas e sua aplicação, no desenvolvimento do arroz; otimizar o rácio custo/benefício da aplicação do herbicida.

Em função de:
Flora infestante esperada (ex: a presença de milhãs difíceis ou leptocloa obriga a uma entrada mais precoce na parcela); aplicação ou não de herbicida de pré-emergência (ex: sem herbicida de pré-emergência é necessária também uma entrada mais precoce na parcela); data da sementeira (previsão meteorológica), pelo atrasar ou adiantar do desenvolvimento das infestantes.

7-HERBICIDAS - QUANDO APLICAR ?

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8-HERBICIDAS SOLUÇÕES LUSOSEM

A Lusosem e a DOW AgroSciences, partilhando um forte Know-How na experimentação e desenvolvimento de soluções para a cultura do arroz trabalham em conjunto há já vários anos, com técnicos e orizicultores, para conseguir as melhores soluções herbicidas para o arroz tanto na vertente técnica (eficiência e seletividade), como na vertente económica, não descurando nunca o perfil ambiental dessas soluções.

Com o lançamento do penoxulame - VIPER, revolucionou-se o modo de aplicar herbicidas no arroz. O VIPER apresenta um amplo espectro de ação, sendo eficaz sobre as principais infestantes do arroz como milhãs, ciperáceas e alismatáceas, ao que alia uma excelente seletividade para a cultura do arroz.
Para o combate às milhãs brancas “difíceis”, o momento de aplicação do herbicida é fundamental, pelo que se têm alertado técnicos e orizicultores para o respeito pelas recomendações técnicas para cada produto.

A mistura de VIPER 2 L/ha (penoxulame) e CLINCHER 1,5 L/ha (cialofope-butilo) solução proposta para o combate à Leptochloa spp., permite ainda controlar um grande espectro de outras infestantes de folha estreita e larga, nomeadamente milhãs, ciperáceas, Alisma sp. (Orelhas-de-mula) e ainda graminhão ou escalracho do arroz (Paspalum paspaloides).

9-HERBICIDA DE PRÉ-EMERGÊNCIA

Aplicar pré-emergência sempre que possível porque: diminui a concorrência das infestantes com o arroz nas fases iniciais de desenvolvimento deste; é essencial numa estratégia antirresistências; é uma salvaguarda face a condições não esperadas (ex: chuvas persistentes no momento de aplicar herbicidas de pós-emergência).

10-QUALIDADE DA ÁGUA DAS CALDAS

O pH alcalino da maior parte das águas diminui a eficácia dos produtos fitofarmacêuticos Li 700 é um adjuvante à base de lecitina de soja que: corrige o ph das caldas: tamponiza perto de pH 4; reduz a deriva na pulverização: por homogeneização do tamanho das gotas que saem de cada bico; produz um efeito molhante nas folhas; cria um efeito humectante: mantém a calda mais tempo em condições de ser absorvida pelas folhas.

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