Coimbra: ESAC promove formação avançada na prevenção e combate a incêndios

Com o aproximar do verão, os incêndios florestais são uma preocupação acrescida para o Estado e agentes do setor.

Neste sentido, a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) está promover formação nesta área.

Em comunicado, a ESAC refere que «é a única instituição de ensino superior nacional com formação avançada em prevenção e combate a incêndios florestais, reconhecida pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICNF) e pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC)».

A formação incide sobretudo no Fogo Técnico, uma ferramenta utilizada em prevenção e em combate, e na Análise de Incêndios.

A formação inclui os cursos de Fogo Controlado (para técnicos licenciados) e de Análise de Incêndios e Uso do Fogo de Supressão (para técnicos de Fogo Controlado).

«Trata-se de formação altamente especializada, que poderá contribuir para uma generalização de boas práticas relativamente às técnicas de prevenção e combate em Portugal», acrescenta o comunicado da ESAC.

A formação em Fogo Controlado é ministrada também a nível de mestrado, neste caso através do Mestrado em Recursos Florestais, permitindo a credenciação pelo ICNF dos mestrandos que optarem por essa formação.

Já a formação em Análise de Incêndios e Uso do Fogo de Supressão participam 20 formandos provenientes da Escola Nacional de Bombeiros, sobretudo quadros de comando.

Qualquer dos cursos conta com sessões de campo com fogo real para treino e demonstração que, no caso do Fogo de Supressão, incluem técnicas de contrafogo e deverão ter lugar durante o mês de maio.

«Deste modo, para além da divulgação dos aspetos mais dramáticos associados ao problema dos incêndios florestais, pensamos que é importante dar também um sinal positivo e divulgar o esforço que se está a fazer para melhorar a formação em prevenção e combate como é o que está a ser realizado pela ESAC», avança esta instituição de ensino.

Recorde-se que Portugal é citado num relatório da FAO de 2010 como um dos cinco países do mundo com maior percentagem de floresta queimada, juntamente com o Chade, Senegal, Ghana e Botswana.

«De entre os aspetos que contribuem para a manutenção deste problema grave e complexo, um dos mais recorrentemente referidos é a insuficiente formação especializada dos agentes responsáveis pela Defesa da Floresta Contra Incêndios», recorda o comunicado.

 

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